We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

Deita​-​te​(​na minha cama)

from Formas de Estar (​Á​lbum) by Vasco Ribeiro & Os Clandestinos

/
  • Streaming + Download

    Includes unlimited streaming via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    Purchasable with gift card

      €1 EUR  or more

     

  • Compact Disc (CD) + Digital Album

    Includes unlimited streaming of Formas de Estar (Álbum) via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    ships out within 2 days
    Purchasable with gift card

      €12 EUR or more 

     

lyrics

O frio entra pela janela
Enche lentamente o quarto
Traz o pó de uma ruela
E o cheiro estranho do mato
Traz o chão, a luz, o espaço
Um fio de aço condutor
Traz a exatidão de um traço
De um velho desenhador
Começou um novo ato e tu
Estás sozinha sobre um palco e vais
Representando a vida
Procurando uma saída
Pensando mas sem querer
À espera que uma luz se acenda
Sem pôr a tua alma à venda
Para que o interior compreenda
Qual é a verdade universal
Para sobrepor o bem ao mal
Acabar com as divergências
Disputar novas tendências
Alimentar a consciencialização
Filosofar como Homero e Platão
Expandir um estado livre e bom
Simplificar como Thoreau
Ou, ouvir um som, só, à tardinha
Enquanto o sol se desmascara
A jovem tornou-se velhinha
Tem os anos expostos na cara

Deita-te na minha cama
Diz-me o que eu não quero ouvir
Abre os meus olhos cansados
Ainda é cedo para dormir

Tenho andado a dividir-me
Com palavras que encontro
Com suspiros que eu solto
Soluções sabem-me a pouco
Tenho andado a invadir-me
Com razões que eu condeno
E as poucas folhas do caderno
Servem para abstrair-me
E os telhados andam sujos
Com poeiras ocidentais
Excrementos de animais
E elites sociais
E essa impressão que tu sentes
É da força da ação
Que se infiltrar na corrente
E te aumenta a pulsação
E é da fraca luz das gentes
Que ofusca a multidão
Por ser estranha, falsa crente
E não pedir por perdão
E é a resposta errada
A chuva plácida na estrada
É o susto e o medo
O acordar cedo. o gosto azedo
É a imperfeição, a oposição
O dizer que não
O não estar sempre certo
O perder o metro, o sentir um aperto
É faltar-te o ar, doer-te o corpo
Tornares-te um louco
É o absurdo
Dos homens que controlam o mundo
O exagero do ócio, dormir a pensar no negócio
É o não ser normal
Reger-se a vida ao capital
O entardecer do dia
A empatia, a outra via
Revolução humana
No centro da estação urbana
É o pneu furado
E o ser lixado chegar atrasado
E é o cheiro a esgoto
E o sujo posto em cada rosto
E é a luz luar que vai tirar
O sol ao mar
E um raio da manhã
A iluminar o amanhã

Colhe as flores do meu jardim
O Inverno acabou
Ilumina-te para mim
E eu mostro-te o que sou
Deita-te na minha cama
Diz-me o que eu não quero ouvir
Abre os meus olhos cansados
Ainda é cedo para dormir
Colhe as flores do meu jardim
O Inverno acabou
Ilumina-te para mim
E eu mostro-te o que sou
Deita-te na minha cama
Diz-me o que eu não quero ouvir
Abre os meus olhos cansados
Ainda é cedo para dormir

credits

from Formas de Estar (​Á​lbum), track released April 5, 2024

license

all rights reserved

tags

about

Vasco Ribeiro Lisbon, Portugal

contact / help

Contact Vasco Ribeiro

Streaming and
Download help

Report this track or account

If you like Vasco Ribeiro, you may also like: